quinta-feira, 22 de abril de 2010

Abre o coração, e vê no que vai dar...

Dentro de mim estão todas as palavras que não posso - e nunca consegui - verbalizar.
.Um turbilhão de sentimentos, sem nomes e nem donos sentimentos esses, icompreendidos, retraídos, sentimentos e palavras escondidas que não entendo, apenas guardo dentro de mim...

Já não sei decifrar o que se esconde no mais profundo de mim, há muito tempo perdi a habilidade de ser racional com o que parece impossível de ser racionalizado, embora eu quisesse, e o tempo todo (eu quis), ter controle sobre as minhas emoções, engavetá-las dentro do meu coração, mofando esquecidas em qualquer lugar onde não possam me perturbar.
Pois aqui dentro já não há mais espaço algum para elas e o estrago já está feito:

essa vontade de sentir não termina mais,

.Queria me libertar disso, dessas inúmeras dúvidas..
O problema é que, para libertar-me dos meus sentimentos, da minha sede e da minha vontade, primeiro teria que conseguir revelá-los a alguém, e essa técnica ( ninguém soube me ensinar ).
- uma vez revelados, seria impossível ocultá-los novamente.
Ou, talvez, eu devo deixar de lado o medo mesquinha, a insegurança infantil e aprender sozinha a libertá-los, sem precisar de garantia ou coisa alguma. Afinal, ninguém está livre de quebrar a cara alguma(s) vez(es) na vida, mas, mesmo assim, todo mundo deve desacorrentar o que se insiste em aprisionar, e só assim deixar de ser escravo de si mesmo - na teoria. Na prática,

"...E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim."

Deve ser.